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Uns talvezes e umas certezas...

Talvez eu emagreça e fique ainda mais linda. Talvez eu não consiga emagrecer e tenha que chorar todas as noites, antes de sair de casa, pelas roupas que não ficam boas. Ou talvez eu deixe de chorar! Talvez eu seja uma atriz pelos teatros do mundo, como eu sempre sonhei. Talvez eu me aquiete na vida de professora. Talvez não com o mesmo brilho nos olhos. Talvez eu me canse de ler, e pare de estudar. Talvez eu continue com as minhas faculdades, cursos e pós graduações. Talvez eu deixe de beber café por consciência própria. Ou eu seja obrigada a parar, por um organismo inanimado. Talvez minha miopia saia por completo quando eu operar. Mas haverá sempre um resquicio de astigmatismo. Talvez eu dance aos 90 como danço hoje. Talvez aos 40 eu tenha coragem de arriscar a viver, ou talvez eu possa seguir os conselhos de meus pais e fazer isso aos 22. Talvez eu não saia mais dessa cidade, mas eu posso voltar para a minha terra natal, ou mesmo para cidade que cresci. Talvez eu enjoe de

Mais devaneios....

Essa também está sem nome. Entendam-me. Ando sem tempo para dedicar-me às minhas escritas Mas como tenho necessidade de fazê-las, vai do jeito que dá. Eu estava tentando transformar meus textos em algo mais alegre, pois houve uma epoca em que eu estava muito melancolica. Mas hoje, está difícil tranformar o amargo em açúcar.... portanto estou me dando o direito de ficar triste, e de escrever tristemente, já que isso é uma coisa que não tem feito mais parte do meu cotidiano. .Semana de provas na faculdade. Com os pés descalços sinto ainda mais o frio Mas nada me encoraja a calça-los. E no rosto a preta mancha da maquiagem que escorreu Com o choro que esverdeja os olhos. O sonho morreu. Foi para um lugar desconhecido da mente, A frustração, em forma de serpente, Vem e envolve o meu coração Que triste, abandona o posto de sonhador Pois isso é perda de tempo, diz o contador. O mundo é prático, e assim temos que ser. O relógio não espera, Quem sonha nunca há de vencer.

Srta. Barrie (Nome provisório)

No meu pedaço de mundo transcrevo minha alegria E numa faixa de tinta coloro tudo ao meu redor Na caixinha surrada guardo os meus pequenos tesouros E deles não me desfaço Cadernos velhos enchem a estante Livros completam o serviço No meu cantinho fechado Sonho o que não posso ser Mas não o que não posso ter No meu mundo eu sou mais do que feliz Espero o trem chegar E se não vem vou de carona numa nuvem Ela me leva além das ilhas perdidas Em uma terra desconhecida A qual J.M.Barrie previu La encontro sorrisos reais Não existe mentira Além das que dizem as sereias Aqui eu já não posso mais Quando acaba a aventura O som invade minh'alma Como o perfume da florzinha na janela Abro um livro em busca de um poema E recito em forma de mantra No coração aberto Guardo os ursinhos de pelúcia Lembranças mais nítidas de uma aurora Me encolho entre travesseiros Dou um sorriso estufando o peito de alegria E durmo, durmo e sonho Com meu pedaço de mundo Pamella

Morena, Pena de amor

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Morena, Pena de amor Cecilia Meireles (1939) Por todos os lados, o mar me rodeia; me deixa recados escritos na areia. Das águas sou filha: nasci de um beijo de espuma em redor de alguma silenciosa ilha. Maravilha, maravilha da espuma em pedra serena: a água nos meus olhos brilha, da pedra é que sou morena. 20 (Não me digas nada: deixa-me cantar. Aprendi minha toada no fundo do mar.)

Clarice

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Quem sabe um milagre está por vir? E nas histórias que eu vou ler Da fadinha ou da princesa A personagem é você Pequena Clarice Que surgiu de repente Quem sabe vem chegando Para nos salvar? Sei que o desespero é passageiro E que a incerteza Sempre dá lugar ao amor Vem Clarice, vem nos ensinar Diz qual é sua missão Nessa terra de guerra e paz Quando o dia chegar Nós iremos entender E que sua pureza Dissolva a frieza Ao nosso redor Você vem com a esperança De dias melhores, enfim E a dúvida e o medo Se transformarão no amor sem fim Quando o susto passar Não vou parar de sorrir Pois você, pequenina Vai estar em meu colo Fazendo o coração disparar Vou seguir seus passinhos Para te ver andar E tão feliz vou ouvir De resmungos ao 'B-a-ba' Clarice, que brilhe em seus olhos, a paz Que reine o amor em seu coração E quando seu choro quiser rolar Venha correndo, me dê um abraço, Te faço um carinho e depois vamos brincar... Pamella Vidal Serrano 16-05

Para Leozinho, meu amor

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"Sinto saudades do coração de criança, Que compassava como se fosse uma música alegre Falta a risada gostosa que enchia a casa, Que felicitava qualquer coração O tempo pode levar sua voz, Seus detalhes sutis, Mas é incapaz de apagar o amor. Sua missão muito bem realizada Agora deixa marcas em nossas vidas E se um pássaro canta, posso te ver brincando com ele Na alegria dos céus, faz festa todos os dias E eu bem posso imaginar-te navegando entre as nuvens, Viajando nos planetas Quando a noite vem, olho as estrelas E La está o seu presente: O seu riso que nunca apagou, Nem jamais apagará" Pamella Vidal Serrano 10/02/2011

Que Sampa é essa?

 Fiz em 2009, e tendo em vista o que têm acontecido, vai como uma homenagem a São Paulo e seu aniversário. Amantes da cidade, não me julguem mal; bem sei o quanto a cidade tem de bom, aqui frizo os problemas do cotidiano. Que cidade é essa? Sampa que sufoca Sufoca a massa Amassa o coração Sampa, redes cinzas Cinza e cimento em todo lugar Chuva ácida Acidente de percurso Virei pro lado errado E erroneamente parei de respirar Respirar em Sampa não dá Não da pé, não da peixe no Rio Tietê Tietê e te daria a lua que não se vê Mas Sampa também não tem mar Mar precisa de espaço e de gente Gente tem mas não tem tempo Tempo pro mar, tempo pra amar Sampa, solitários são quem passa por você Mas a selva de pedras tem oportunidades Fique preso no trânsito qualquer hora do dia Vá ao teatro sozinho E sozinho vá almoçar no restaurante americano Se conseguir chegar lá Se tiver companhia vai em algum barzinho Não ignore o artista que não deu certo a um canto Compadecer-se se é necessário Sampar é a

Sou incrível! (:

Texto feito em 2010, baseado em coisas que me falaram/ escreveram! "E um dia, não mais que ontem ou hoje, eu apareci; apareci e dei-me por muito satisfeita! Sou incrível! Sou incrível quando sorrio, pois sou capaz de fazê-lo com a sinceridade de um pequeno. E também quando busco abrigo em meu bicho de pelúcia, que me protege das frias noites solitárias. Sou incrível quando converso com alguém que sabe do que estou falando. E também quando misturo olhares em um só, confundindo os outros como uma criança levada. Me divirto na chuva ao invés de fugir dela. Se eu puder escalar uma montanha, estarei lá Com a mesma prontidão de quando eu subo em uma árvore. Faço-me incrível quando adivinho pensamentos, falo o que sinto e fico tímida por isso. Acho estupenda a minha forma de lidar com as frustrações... Com arte, forma, poemas e canções. Não limito minha vida ao vazio do dia-a-dia Eu quero sempre mais! Admiro minha perseverança e minha excentricidade É difícil ser autên