A Viagem - Crônica
Sempre
fui uma pessoa assustada com o mundo e com as pessoas; acabei crescendo com
medo de quase tudo e quase todos; não me permitindo, assim, a coisas vistas
como normais para a maioria das pessoas. Como por exemplo, viajar sozinha.
Uma grande amiga minha, Mayara,
tinha se mudado há pouco tempo para Jericoacoara, no Ceará, e queria muito que
eu fosse visita-la. Acreditem: estava com medo, sim, de viajar sozinha. Não
gosto de estar sozinha no meio de um monte de desconhecidos. Isso para mim
sempre foi motivo de verdadeiro pânico. Mas, leitora assídua que sou, descobri
Martha Medeiros, e o primeiro livro que li dela foi: Um lugar na Janela.
Relatos de viagens que ela fez, em sua maioria sozinha, pelo Brasil e pelo
mundo. Nesse livro encontrei muito do que eu estava querendo e precisando ler,
além de ter encontrado também, “uma ídolo” na literatura. Resolvi encarar meu medo.
Com o
pensamento de que seu eu me programasse direitinho nada poderia dar errado,
comecei a ir atrás de resolver tudo: além das passagens, precisava conseguir um
transfer (carro 4X4) que me levasse de Fortaleza até Jeri, pois lá se chega
pelas dunas de areia, e carro baixo fica atolado. Esse serviço é um tanto caro
para ser contratado por apenas uma pessoa. Já que cabem vários passageiros no
transporte, quanto mais gente para dividir o valor, melhor! Os dias passaram e
nada de uma resposta concreta sobre possíveis companheiros de transfer.
Finalmente, na véspera da minha
viagem, o rapaz que conduz a equipe de motoristas conseguiu mais pessoas que
chegariam no mesmo dia que eu no aeroporto...mas por volta das onze da noite. E
eu chegaria por volta das quinze para as sete da noite. Meu Deus! Ficar sozinha
por tanto tempo em um lugar desconhecido, praticamente em terras estrangeiras,
sem conhecer ninguém, sem saber o que fazer além de ler e escrever (usar o
celular à toa, jamais! Vai saber se vou acabar precisando dele em alguma
urgência! Vai que eu não consiga encontrar o cara do transfer! Vai que eu acabe
tendo que ficar por Fortaleza até o dia seguinte! E se, de repente o carro
quebra e ficamos parados no meio da estrada? Tinha que pensar em tudo, por
isso, levei bem carregadinho o meu carregador portátil que carrega celular sem
precisar de tomada! Mas sabe-se lá se eu não precisaria de toda a carga! Melhor
não arriscar, não é?).
Enfim, estava nessa, então vamos
aceitar o meu destino da melhor forma. Foi quando aceitei sem argumentar, ou
questionar, ou querer chorar, que minha amiga (que estava intermediando esses
contatos) mandou uma mensagem avisando que haviam conseguido um passageiro que
chegaria as nove da noite, mas provavelmente seríamos só dois. Rachar meio a
meio e ir embora mais cedo, ou esperar até as onze da noite e pagar menos?
Lembrando que eu tinha que dar a resposta e que eram cinco horas de viagem.
Optei por ir mais cedo, pois assim também chegaria mais cedo e não perderia o
dia seguinte em Jeri. Resolvido, bora dormir que o dia seguinte prometeria!
Minha mãe e eu acordamos, tomamos
café e seguimos para Guarulhos. Ouvindo um CD de um amigo, o Rafinha,
conversando e brincando uma com a outra, rindo a viagem inteira.
Estávamos nos aproximando da
entrada, quando erramos; minha mãe brigou e rimos mais um pouco. Na tentativa
de voltar acabamos errando a entrada do retorno. Mais risadas. Ainda bem que eu
pedi para ela parar em um posto antes, pois não sei porque estava muito
apertada em tão pouco tempo. Vai ver era o nervosismo. Ainda bem que não era
dor de barriga! Voltando... entramos na estrada certa para conseguir entrar na
entrada certa! Estava chovendo e minha mãe sugeriu que ela me deixasse no
embarque, fosse estacionar e depois viesse ao meu encontro. Falei que não
precisava, tadinha. Iria andar um bom bocado e pegar chuva por minha causa. Mas
ela conhece a filha que tem e sabia do meu drama interno. Insistiu. Eu resisti.
Não faria minha mãe pegar chuva por causa de um medo bobo. Quantas pessoas no
mundo não fazem isso? A Martha Medeiros vive fazendo isso e ama! Estava mais do
que na hora de acertar os ponteiros comigo mesma. Saltei do carro e troquei um
carinhoso abraço com a mamãe. Respirei fundo internamente, pois não podia
demonstrar meu nervosismo. Precisava convencer a todos e a mim mesma de que eu
estava segura e confiante, que estar ali sozinha, para mim, era a coisa mais
normal do mundo; por dentro, eu estava quase gritando. Tchau para a mamãe, é
hora de adentrar ao desconhecido, superar os medos...crescer dói. (Meu Deus,
quem escreveu esse roteiro?).
Precisava encontrar o guichê da
minha companhia; e é claro que não era aquele bem a minha frente. Andei por lá
atenta a tudo. Perguntei (me sentindo o Harry Potter, rumo à plataforma 9 3/4
); me indicaram. Segui até lá e não tinha muitas pessoas na minha frente; mas
de repente, atrás de mim começou a chegar gente, quase que todo o meu voo,
talvez. Muita gente atrás de mim e chegou minha vez de ficar em primeiro lugar
na fila. Fui ficando com calafrios. Olhava do primeiro ao último guichê atenta
ao menor sinal de movimentação a fim de não perder muito tempo e chamar a atenção
de todos que ali estavam esperando também. Então, uma família liberou um bem
próximo a mim. Fiquei olhando para a moça que atendia, para que ela me desse um
olhar encorajador e fizesse com que eu seguisse até ela e fizesse meu check-in.
Mas isso não acontecia. Eu sentia as pessoas olhando para minha nuca. Vou ou
não vou? A moça não erguia a cabeça. Respirei fundo internamente mais uma vez e
com toda a confiança que pude exalar, fui até ela empurrando minha malinha de
pé. Ela ergueu a cabeça e eu ensaiei um sorriso de bom dia e ela disse: “Espera
um pouco que eu vou lá atrás etiquetar uma mala”. Respondi com um modesto ‘ok’
e fiquei ali paradinha. Ela percebeu, virou para mim e disse: “Acho melhor você
esperar na fila pois eu vou demorar um pouco”. Provavelmente devo ter soltado
outro ‘ok’ baixinho e singelo e segui para a pontinha de fila com o rosto
queimando. Parecia que todos ali tinham acompanhado a cena. Torci para não ter
ficado muito vermelha. Tentei impor o resto de dignidade que tinha murchado dentro
de mim. Pensei em bocejar, para mostrar que não estava nem aí com o acontecido.
Mas, muito óbvio. Para minha tristeza, só de pensar me deu vontade de bocejar e
abri o bocão lá no início da fila, dando a impressão que eu estava disfarçando
só porque fiquei sem graça. Não era claro que todos tinham pensado isso? (O
mais provável é que ninguém tomasse conhecimento de mim, mas qual tímido pensa
assim? Como diria minha mãe, os tímidos são os mais egocêntricos, pois acham
que todos estão olhando para eles. Eu não me acho egocêntrica, mas isso faz
algum sentido). Enfim, mais alguns poucos minutos e fui chamada por um mocinho
no guichê ao lado. Entreguei o voucher para ele e procurei alguma coisa na
mochila, não me lembro bem o que. Quando ele falou: “Eu vou te etiquetar e
colocar na esteira junto com a bagagem” e deu risada, eu olhei para cima para
dar um sorrisinho simpático, embora não tivesse entendido nada, quando eu o vi
olhando para o cara que trabalhava ao lado. Meu sorrisinho simpático se
transformou num sorriso amarelo pancada e eu decidi que seria melhor eu não
tentar confraternizar com a sociedade. Me ocupei em mexer em nada dentro da
mochila só para ficar olhando para baixo. Ele me entregou o cartão de embarque
e desejou boa viagem. Quase fiquei em dúvida se agradecia ou não, com receio de
nem ser comigo, mas minha educação me fez dizer um “obrigada” e tratei de sair
o quanto antes de lá.
Agora, vamos achar o portão. Para
que lado? Vamos chutar um. Vi um quiosque e resolvi pedir informação. Ali
vendia joias e a moça me orientou a pedir informação a dois quiosques adiante,
mais precisamente no de informações. O que acontece comigo? Acho que eu entro
em pânico em situações desconhecidas e troco os pés pelas mãos. Perguntei.
Respondeu. Obrigada. Partiu. Anda.... anda... anda. Sobe. Portão encontrado.
Café ao lado! Capuccino e pão de queijo. Água e tridente. Martha Medeiros. E
aquela vontadezinha enorme de encontrá-la no aeroporto e trocar umas ideias com
ela. Ia ser o máximo. Mas de tiete que sou, quase nunca encontro as pessoas que
admiro. Sorte a delas. Enfim, tomei meu café, paguei e rumei para o portão de
embarque. Entrei na fila toda atrapalhada e passei pela esteira, com um
receiozinho de eles encontrarem em meu apontador, uma arma letal. Tudo certo, pego
as coisas de volta e vou fazer o reconhecimento do ambiente; o meu portão ali
perto, um café e o banheiro; tudo pertinho um do outro. Para não perder o
costume, fui até a lanchonete e pedi um moccha gelado. Terminando, me sentei
aguardando a moça chamar pelo microfone. Esse é o momento em que quase qualquer
ser humano solteiro vai esperar que o seu grande amor esteja sentado perto – se
der muita sorte, até mesmo ao lado – e puxará um delicioso papo, que se
estenderá pelo avião a fora (pois descobrirão que estão sentados lado a lado
como um presente do destino). Claro que não, né! Descobri que a chance de isso
acontecer é uma em milhão. E ninguém ao meu lado puxou assunto. Talvez fosse
mais fácil se eu não tivesse com o livro na cara, mas enfim... Livro é livro, o
amor pode esperar. Eis a chamada! Pega fila, entrega a passagem, pega um
corredor e entra no avião. Tripulação. Bom dia. Caça a poltrona. Bem no meio.
Queria a janela para poder ver ou o corredor para ser mais fácil de sair quando
precisasse ir ao banheiro. Mas não. Bem
no meio. Encurralada. Para completar, duas moças. Nenhum rapazinho solteiro.
Pena. De qualquer forma, hora de aguardar o avião encher, todo mundo se ajeitar
para finalmente partir. Não fiquei ansiosa, mas confesso que estava me sentindo
meio perdida, mesmo já tendo voado. Enfim, tentei fazer o máximo de esforço
interno para tentar parecer natural entre as circunstâncias. Fingi estar
casualmente desinteressada com as instruções da tevezinha embora estivesse
prestando toda atenção possível em todos os comandos. Apertar o cinto foi
fácil, consegui descobrir de primeira que tinha que levantar a fivela. Hora de
decolar! Era como se eu estivesse andando de avião pela primeira vez. O avião
foi ganhando velocidade... me lembrei dos aviões que não conseguem levantar
voo, que aparecem na televisão, nos programas da tarde que a vovó vê. Tentei me
esquecer deles. Correndo e sacolejando, tremendo. O avião, não eu. Olhei de
esguelha pela janela. Quando o avião levantou voo, quis ficar atenta a tudo.
Estávamos bem ao lado da asa, isso atrapalhou um pouco minha visão. Mesmo
assim, foi interessante ver a cidade sendo deixada para trás, lá embaixo.
Tentei tirar uma foto das nuvens, pois estava um céu lindo, uma vez tendo
ultrapassado a barreira do céu da cidade. Minha companheira de poltrona perguntou
se eu queria que ela tirasse. Ah, sim! Por favor! Obrigada! A viagem seguiu e logo eles anunciaram que
iriam servir o lanche. O que eu quero beber? Dentre as coisas que eu entendi eles
anunciando pelo microfone, leite era o que mais me apetecia. Eu adoro leite.
Adoro muito mesmo. Pena que eu tenha entendido errado. “Moça, nós não servimos
leite. Apenas refrigerante, água e suco”. Sabe aquele momento cara-de-pau que
você faz um ar de singela surpresa e diz que na companhia que você voou na
última viagem, eles serviram? Pois é... não fui capaz de fazê-la, senti meu
rosto queimar e arder de vergonha, provavelmente ficando bem vermelhinha e pedi
um suco de laranja, tentando colocar na voz, o máximo de naturalidade, mais uma
vez. Comi meu pãozinho e tomei meu suco aos pouquinhos: tinha o maior receio de
ter que ficar levantando o tempo todo para ir ao banheiro, e ao fazer isso,
chamar desnecessariamente mais atenção para mim. Claro que não funcionou.
Segurei a minha vontade o máximo que pude para ir apenas uma vez. Atenta às
luzes que indicam quando o banheiro está ocupado, ensaiei levantar algumas
vezes, até criar coragem. Pode parecer ridículo esse drama grego para ir ao
banheiro, mas eu tenho um problema sério de timidez e sempre acho que estou
chamando atenção.
Finalmente foi anunciado que
iríamos aterrissar. Friozinho na barriga e no coração. Prendi o cinto e mais
uma vez fingi que era não era nenhuma novidade. Novidade mesmo não era, pois eu
já havia voado, mas ainda assim parecia. Quis olhar pela janelinha a cidade
aparecendo. Meu pensamento estava no depois, nas horas que eu ficaria no
aeroporto sem fazer nada além de escrever, com medo de me perder, com medo de
não encontrar o rapaz do transfer, com medo de não conseguir pegar minha mala
na esteira, com medo de pegarem a minha mala... com medo, medo e medo. E
vontade de ir ao banheiro. Passei pelo portão e me deparei com aquele bando de
gente olhando em “minha direção” esperando seus entes aparecerem! Tentei manter
a calma e olhei para o lado buscando fazer o reconhecimento deste ambiente
também. Achei o toalete e rumei até ele; lá, além de me aliviar, eu também poderia
pensar, ligar o celular para ficar atenta a todos os sinais que o cara do
transfer poderia dar, além de avisar minha amiga, minha família, o jornal da
cidade e também o Papa que eu cheguei em Fortaleza sã e salva após três horas e
pouco de voo.
Encontrei uma lanchonete onde eu
podia ficar sentadinha, quase em paz – pois não havia quase ninguém-,
escrevendo e tomando um cappuccino gelado. Eu falei que gostava muito de leite.
Esse momento curto até encontrar o rapaz do transfer também foi pontuado por
ansiedade, mesmo eu tendo recebido a foto dele; como sou péssima de fisionomia,
era capaz de eu não reconhecê-lo. Mas quem diria, sobrevivi a isso também, e
logo estava em um 4X4 (no qual eu tive uma semi dificuldade em subir, por eu
ser muito baixinha), sozinha no banco de trás, fazendo meu MP3 se fazer
entender sobre o forró do dono do carro. Os moços, na frente, conversavam sobre
os lugares, pois meu companheiro havia estado lá no Nordeste muitas vezes. Hora
ou outra eu participei da conversa: política, economia, situação atual,
situações passadas. Tudo com muito respeito, cortesia e dignidade. Em uma época
em que não se pode ter opinião contrária sem que as pessoas te xinguem, te
julguem, cortem relações e até agridem fisicamente, qualquer momento de conversa
tolerante e respeitosa é visto como algo raro.
Paramos para tomar um café e ir
ao banheiro. O café foi cortesia e compramos um pacote de Fandangos cada um
para seguir viagem. Então, mais a frente paramos novamente e os dois rapazes
desceram do carro. Ai meu Deus, o que está acontecendo? Reparei que havia uns
três 4X4 parados por ali e algumas pessoas do lado de fora. Não senti medo, mas
achei estranho. Alguém aí pode me explicar o que está acontecendo? Como ninguém
me socorreu, obviamente achando que eu sabia muito bem o que estava acontecendo,
desci também. O nosso motorista, voltando do meio do mato, onde tinha se
embrenhado para urinar, pegou uma espécie de ferramenta, se abaixou nos pneus e
começou a...soltar o ar? Eu fiquei com aquela cara de “pé de nabo”, e resolvi
perguntar. Ele me explicou que estava fazendo aquilo para poder passar pela
areia e pela beirada do mar, sem ficar atolado e também recomendou que eu
aproveitasse e ligasse para a minha amiga, pois na estrada não ia dar sinal.
Assim, quando eu consegui me comunicar, ela comemorou e falou que eu estava
pertinho! Até já!
Pegamos o caminho de Jeri, meu
coração ansioso e emocionado. Parecia até saber o que estava por vir. Eu
conseguia sentir alguma coisa diferente logo ali, e quando eu vi as dunas...
nunca vou me esquecer do que senti, mas nunca vou saber explicar esse
sentimento. Percorremos o caminho na beirada do mar, que estava baixo àquela
hora da madrugada, o carro sacolejando demais e eu no meio, com os dois vidros
abertos, tentando ver as dunas de um lado e o mar do outro. Sentir aquela brisa
e o cheiro da maresia sempre foi reconfortante; quase como um bebê sente o
cheiro de sua mãe e se aninha confortavelmente em seus braços. É assim que eu
me sinto. Comecei a ver os primeiros indícios da vila. Meu coração começou a se
alegrar, batendo descompassado, curioso a tudo. Meus olhinhos não paravam
quietos. Meu companheiro de dividir transfer começou a me explicar as ruas e
beco, mostrar os “points” que estavam à vista. Entramos na rua da Mayara, mas
não achávamos a casa. Liguei, liguei e só dava ocupado: meu coração ia sair
pela boca. Já pensou, não conseguir falar com ela logo agora? Liga, liga, liga
e nada. O desespero batendo. Resolveram deixar o rapaz primeiro, na mesma rua,
um pouco mais a frente. O motorista teve a brilhante ideia de perguntar à moça
da pousada pela Mayara, que morava ali na rua, em umas das casinhas de aluguel
de uma senhora. Que sorte! Ela conhecia a minha amiga, e nos levou até lá. A
May estava na porta com o celular na orelha. Ela devia estar tentando entrar em
contato comigo. Que nada! Estava no maior bate papo com um primo, e eu
desesperada!
Agradecimentos e despedidas.
Etapa concluída. Era madrugada e minha amiga teria que levantar as seis horas
da manhã para trabalhar, porém, seguimos conversando um tempão, até o sono de
ambas falar mais forte. O que eu teria de encarar nos próximos dias: minha
amiga trabalhava em dois empregos, das sete da manhã às dez da noite. Eu teria
de me virar sozinha. Um desafio imenso. Mas Jeri é tão acolhedora, que eu não
tive problema nenhum nisso. Ia à praia pela manhã, voltava para fazer o almoço
(já que a Mayara almoçava em casa) e depois descia para a praia, onde ficava
até o sol se esconder, presenciando todos os dias um dos mais belos pôr do sol
do Brasil. De noitinha, tomava um banho, me arrumava e ia para a rua, fazer
companhia para a minha amiga na pousada ou ficar na lanchonete ao lado,
Abraçaí. Lugar delicioso...sempre acabava sentada entre pessoas simpáticas, bem
humoradas, alegres e receptivas.
Meus dias em Jericoacoara foram
inesquecíveis e espero voltar muito em breve. Mas, tem certas coisas que é
melhor deixar guardadas como boas lembranças, por isso minhas aventuras nessa
maravilhosa terra nordestina, ficam para uma outra hora.
Pois é, essa viagem foi melhor
que o imaginado, além de superar meus medos, voltei para casa com muitos tabus
quebrados, afetos e carinhos conquistados e além de tudo, quem diria...sobrevivi!
Lindo! Texto muito bem escrito e envolvente. Além da história de superação. Bjss
ResponderExcluirLindo! Texto muito bem escrito e envolvente. Além da história de superação. Bjss
ResponderExcluirTexto muito bem escrito e envolvente. Linda história de superação. Bjss
ResponderExcluirMe identifiquei muito com a exacerbação de preocupações e a capacidade de prever as mais inimagináveis situações adversas que, pessoas mais "desligadas" nunca nem pensariam. É bom saber que não estamos sozinhos neste tipo de postura. Muito bem escrito pela concisão.
ResponderExcluir